Sunday, June 20, 2010

Cavaco, o sem-vergonha

Se fosse nos Estados Unidos, Inglaterra, Franca, Alemanha, Japao, em que ha' premios Nobel por todo o lado, nao fazia diferenca.
Mas e' em Portugal. Onde, ate' ha' dois dias, havia um unico premio Nobel vivo.
Claro que Sua Excelencia o Presidente nao pode interromper as ferias que esta' a fazer nos Acores (longissimo, precisa de tres dias para conseguir voltar a Lisboa...) para ir ao funeral de alguem que levou o nome de Portugal a Estocolmo numa noite fria de Dezembro.
"Isto" e' a evidencia cabal de que apesar dos graus academicos, da vivencia de altos cargos e da convivencia com altas figuras, Cavaco Silva nunca sera' mais do que um labrego ignorante.
Triste, demasiado triste, tudo isto. Pobre labrego.

1 comment:

  1. Pobre labrego - e pobres de nós que temos um labrego a representar-nos.
    Na verdade, outra coisa não seria de esperar de Cavaco. Mas a mim o que não pára de me surpreender é o facto de haver sempre em Portugal dois pesos e duas medidas:
    Há uns dois anos, o país ficou indignado porque havia muitos incêndios no Verão (uma raridade, como se sabe) e o Primeiro Ministro não interrompeu as suas férias no Quénia. Pergunte-se: e porque deveria? Para pegar numa mangueira e ajudar a apagar o fogo? Porque o Ministro da Administração interna a quem compete tutelar a área estava tb eles de férias e/ou era incompetente para tratar do assunto? Enfim, perguntas retóricas, claro.
    Mas agora, não vejo o mesmo nível de indignação (nem da parte, imagine-se!, dos políticos de esquerda) perante algo verdadeiramente insólito: o PR acha que não é PR, ou seja, acha que as suas fériazinhas de 4 dias nos Açores não podem ser interrompidas porque não tem de estar no funeral de Saramago. Aparentemente, o PR pensa que só os amigos do escritor lá deveriam estar, que ele por ser PR não tem responsabilidades como representante do Estado.
    Ele achar isso já é grave; (quase) todos nós acharmos isso normal é gravíssimo. Mais grave ainda? O facto do homem ir, com elevada probabilidade, ser reeleito...

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